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Dep. Química

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), drogas são substâncias químicas, natural ou sintética, que ao ser introduzida no organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções.
As substâncias psicoativas que ao entrarem em contato com o organismo, sob diversas vias de administração, atuam no SNC (Sistema Nervoso Central) produzindo alterações de comportamento, humor e cognições. (Azevedo, 2002).
Tais substâncias são classificadas como:
*DEPRESSORAS do SNC (álcool, benzodiazepínicos, opióides, solventes e inalantes, xaropes)
*ESTIMULANTES do SNC (cocaína, crack, anfetaminas, cafeína, tabaco)
*PERTURBADORAS do SNC (maconha, alucinógenos, LSD, ecstasy)
Logo, a dependência química é uma doença multifatorial por envolver fatores: genéticos/hereditários, ou seja, o histórico familiar pode ser um fator importante para a instalação da doença quando associado a padrões comportamentais de risco, aspectos cognitivos, emocionais, ambientais e culturais.
Exemplo: Um jovem muito tímido ou muito descontraído, que possui pai ou mãe ou avô que ingeria álcool diariamente, que frequenta ambiente com oferta de bebidas (festas), acompanhado de amigos que costumam beber, há maior probabilidade em desenvolver um padrão de consumo compulsivo e tornar-se um dependente químico.
Porém, para caracterizar um padrão de consumo dependente, faz-se necessário observar alguns fatores, a saber:
*TOLERÂNCIA: a pessoa consegue ingerir/consumir doses, porções maiores, sendo que o organismo sente o mesmo efeito de outrora. Por exemplo, uma pessoa que bebe cerveja pela primeira vez, poderá ficar atordoado devido ao efeito do álcool, com meio copo; após três meses, consumindo cerveja uma vez por semana (sábado), é provável que meio copo não deixe mais essa mesma pessoa atordoada. Isso é tolerância.
*ESTREITAMENTO DO REPERTÓRIO DE USO: Partindo do exemplo anterior, essa mesma pessoa passa a consumir a cerveja não apenas no sábado, mas também na quarta-feira; posteriormente às quartas, sextas, sábados...
*PERDA DE VALORES: Devido a intensificação do uso, passar parte do tempo ingerindo a bebida, em festas, bares, acarreta em afastamento da família ou falta no trabalho devido à intoxicação (ressaca), por exemplo; endividamento, por conta do uso, de recursos para consumir a bebida.
*EXPOSIÇÃO A COMPORTAMENTOS DE RISCO: Continuando no mesmo raciocínio, qualquer substância psicoativa altera a percepção, concentração, atenção, crítica, podendo a pessoa envolver-se em acidentes de trânsito, brigas, contrair DST`s, etc...
*ABSTINÊNCIA: Quando a pessoa adota um padrão de consumo mais elevado e intenso, devido ao fator de recompensa, o organismo responde à falta da substância através de efeitos físicos e psíquicos. Como exemplo, após as primeiras horas da última dose, surgem tremores, irritabilidade, ansiedade, angústias, etc...
*CONSUMO COMPULSIVO: Em detrimento à sintomas muito hostis, de ordem a sofrimentos físicos e psíquicos, a pessoa recorre ao uso para amenizar tal sofrimento; ou seja, a pessoa se intoxica, horas depois vem o sofrimento psíquico e físico e a pessoa consome novamente, tornando "uma bola de neve ladeira abaixo", podendo levar a pessoa a uma overdose.
Portanto, a dependência química é quando a pessoa mantém uma relação com determinada substância psicoativa que supera os níveis de uso esporádico (de vez em quando), recreativo (descontrair) e nocivo (prejudicial), traz problemas, mas ainda não tornou-se compulsivo.